Doutrina Espirita

Tudo bom meus amigos. Estou iniciando meu blog para obter visibilidade nas minhas posições pessoais que acredito poder contribuir com muitos espíritas incautos ou "distraídos".
Vamos tentar repassar novas idéias quanto ao ato de "ser espírita", não como um jargão ou jogo de palavras vazias ao vento, mas como um conceito profundamente ético e renovador de consciências.
Ao longo de 25 anos de vivência dentro do nosso movimento espírita, pude entender melhor a vida, e isso pretendo compartilhar contigo que estás lendo nesse momento.
Um grande abraço e espero cooperar sempre com a melhor intenção que brota do meu coração.




domingo, 26 de dezembro de 2010

Racionalidade versus Vivência Espiritual

O racionalismo puro tomou a forma de guardião da probidade doutrinária dos kardecistas. A fé através da razão como citou o próprio Kardec é a grande armadilha comportamental daqueles que   estão incrustrados no corpo doutrinário e não alinharam ainda os seus discursos com suas práticas.
Enquanto a vivência espiritual é convergente e harmonizadora, a análise intelectual é divergente e desagregadora. Quando tenta-se apenas "entender" e não "viver", então o resultado é a cizânia, a disputa, a comparação, o perfeccionismo, a intolerância, a megalomania, a presunção e tantos outros comportamentos arrogantes e desconectados com o bojo da mensagem de Kardec que procurou sempre a fidelidade em Cristo.
Nossas casas espíritas estão recheadas de "sabem tudo", de guardas armados de argumentação doutrinária, de intenções de preservar a pureza da doutrina e por aí vai, mas vazios de atitudes anônimas, de afetividade e respeito às divergências, de caridade que vem do coração.
Quanto o máximo que encontramos são pessoas com suas falas alteradas numa ternura de comover, mas da mesma forma como disse João às margens do rio Jordão: "esse povo me honra com os lábios mas o coração é de serpente".
Quando é que nosso movimento vai parar de se arrojar nos desvarios da vaidade? Quando irá tirar a máscara do personalismo? Entender Kardec é entender Jesus. Viver Kardec é viver Jesus.
As pessoas precisam menos de explicações e mais de ações. O que adianta encher as casas de platéias anônimas, de pessoas que da mesma forma como adentraram os auditórios saíram dos mesmos? Qual o objetivo das casas espíritas? Divulgação da doutrina? Será porquê Jesus encarnou na Terra? Foi para divulgar sua doutrina ou foi para evangelizar através do exemplo na vivência do amor?
Porquê os espíritas se escondem atrás de velhos refrões, de frases carimbadas e repetidas? Onde está a vivência cristã, onde está o verdadeiro espírita?
Infelizmente estamos diante de uma realidade estarrecedora, onde as práticas oferecidas nas casas espíritas não vão além de uma conversa fraterna que muitas vezes apenas aponta erros e quase nunca estende a mão para auxiliar, os passes que são distribuídos de forma incompleta porque não se estuda esta técnica, a água fluidificada e palestras e mais palestras onde as idéias não correspondem aos fatos e cursos apenas didáticos. Não existe a prática nem as experiências nas casas. Todos temem tornarem-se distoantes e com isso formarem o pelotão dos "excluídos do espiritismo". Nosso espiritismo precisa ser laico, precisa aceitar novas técnicas, avançar nos estudos e permitir experiências novas.
Sem falar nas curas que desapareceu das casas porque ninguém quer assumir este compromisso com Jesus. Dizem que muitas cirurgias espirituais acontecem durante as pelestras, sim é verdade, mas além da iniciativa dos benfeitores espirituais, onde stá a nossa iniciativa?
Estamos travados como instrumento do alto para reviver o cristianismo. Nossas posturas carecem de humildade e reconhecimento de nossas falhas e sobretudo a coragem para mudar. Enquanto os espíritas desejarem "ensinar os outros" ao invés de "aprender com os outros" as coisas não irão mudar.
Enfrentar o feudalismo doutrinário que apenas tenta ensinar a pescar e jamais ofereceu a vara e a isca para que a criatura pudesse pescar, é uma responsabilidade. Não é o desejo de confrontar ou acusar ninguém que escrevemos este artigo, mas sim de acordar, de darmos as mãos como irmãos, de fazermos valer esta oportunidade riquíssima de aprender o Evangelho de Jesus através da Doutrina dos Espíritos. Somos todos irmãos e assim que devemos nos comportar.
Não vamos esquecer da mensagem de Jesus onde a mística do amor à Deus acima de tudo é o primeiro mandamento da vida e a ética de amar o próximo como a si mesmo é o segundo mandamento.
Pense nisso

domingo, 19 de dezembro de 2010

Auto Estima

A auto-estima é o amor que sentimos por nós mesmos. Esse amor, entretanto, sofre influências de um padrão de imagens que temos sobre nós ou da forma como nos vemos, nos respeitamos e acreditamos no que somos. Geralmente, graduamos esse padrão como uma auto-estima baixa ou elevada e atribuímos uma opinião e um sentimento, ou seja, fazemos um auto-julgamento e, como conseqüência, sentimos uma valorização ou uma depreciação de quem somos. Apesar desse movimento que envolve julgamentos e sentimentos ser interno, subjetivo, as causas que nos fazem sofrer e diminuir a auto-estima são, em geral, externas, o que significa que vivenciamos determinadas situações e, como conseqüência, começou a nos sentir desvalorizados, inseguros, inadequados, não capazes de fazer certas coisas, e acabamos por mergulhar num mar de dúvidas sobre o que somos e devemos fazer. As atitudes que desenvolvemos nessa situação, na maioria das vezes, estão entre aquelas que buscam a aprovação dos outros, ou uma necessidade de agradar e ser reconhecido; o perfeccionismo, a atribuição de culpa, ou auto- culpa e a rigidez de atitudes não se permitindo errar, entre outras. Postas estas considerações, vamos abordar uma nova forma de entender a auto-estima na Nova Energia e, também, o que precisamos compreender para mudar nossos padrões de crenças, de forma a permitirmos ter uma auto-estima equilibrada. A Nova Consciência é relativa a uma auto-estima equilibrada, pela qual devemos nos amar profundamente, pois, se desejamos apoiar ou ajudar alguém ou alguma situação,
este é o alicerce. Provavelmente deve-lhe soar familiar essa questão, pois Jesus
já nos disse isso em sua época: “Ama-te a ti mesmo, e da mesma maneira que te
amares a ti, assim amarás a teu próximo.” Liberação dos padrões de auto-stima
baixa A auto-estima está, de qualquer modo, relacionada a duas formas de permissão, uma interna e outra externa: a primeira é a relação que esenvolvemos conosco mesmos, permitindo que uma situação vivida lá na infância, por exemplo, como um sentimento de ter sido desprezado pelos pais, ou desdenhado pelos colegas de escola, possa manter-se viva e cultivada de forma a afetar o amor próprio até hoje. A segunda é, ao mesmo tempo, uma relação que desenvolvemos com o mundo externo, isto é, nas relações pessoais que vivemos, permitindo que valores criados na sociedade possam diminuir o amor que sentimos por nós mesmos.
A questão aqui é a permissão: se permitimos que essas coisas nos afetem, podemos permitir a sua liberação, de uma forma simples e definitiva. É preciso que identifiquemos esses sentimentos e opiniões que nos mantêm num estado de desvalorização e os libertemos, pela firme intenção. Basta isso, a profunda
intenção de amar-se a si próprio, e a libertação dessas energias que aprisionamos ao longo da vida, tais como as energias de desprezo, as energias de inferioridade ante os outros, as energias da pobreza e da carência material, as energias de sentir-se excluído por alguma situação, a energia do abandono, a
energia da incompreensão, a energia da insegurança quanto ao futuro, a energia da violência, a energia do fracasso, as energias das culpas e dos medos, as energias da necessidade do reconhecimento, enfim, todas aquelas que no colocam distantes de nós mesmos. A liberação desses padrões de energia deve ser feita sem nenhum ritual. Entretanto, é necessário que da. “Guarde” esse novo estado como um novo “padrão” de sentir-se e amar-se. Uma nova auto-imagem Não somos meramente humanos, somos DIVINAMENTE humanos. Não somos pecadores, somos livres experimentadores. Não somos ovelhas que devem seguir o pastor, somos anjos humanos redescobrindo e ancorando nesse planeta nossos atributos Divinos. Não viemos aqui para sofrer, espiar nossas falhas, nós estamos aqui, AGORA, para trazer energias de LUZ a esse novo tempo. Não somos pequenos e ignorantes, pois portamos os atributos Divinos e estamos vivendo uma história de amor incondicional. Cada ser humano é uma expressão Divina, realizando uma jornada para ancorar em si próprio e nessa Terra a LUZ do amor incondicional e as qualidades de Deus. Essa é nossa missão. Mesmo que não a estejamos manifestando, ou que não consigamos nos lembrar, é isso que viemos fazer aqui. Alguns estão muito distantes dessa FONTE DE LUZ, por sua própria permissão, e querem permanecer assim. Muitos estão, inclusive, causando sofrimento a si e aos outros porque estão, ainda, presos a carmas pessoais e coletivos. Não os julguem, ao contrário, ame-os , não pelo que manifestam neste vida, mas pelo que são, pois no momento que se permitirem poderão expressar toda a Luz de que são constituídos. Haverá um tempo em que isso será possível para todos, porque esse planeta será elevado e haverá uma atração muito forte convidando a todos para
essa Luz. Aqueles, entretanto, que estão aqui e agora, lendo essas palavras e
conectando-se em algum nível nessa freqüência de Luz, sabem, se assim o
permitirem, que não estão naquele grupo, pois “algo” em si está chamando-os para que recordem o quanto Divinos somos e o quanto é grandiosa a nossa missão nesta vida. Somos os faróis de Luz, aqueles que permitem que a Luz Divina fique acesa e elevada para iluminar o caminho daqueles que virão. Esse é o nosso grande feito. Não precisa sair do seu lugar, basta que crie essa nova energia para si mesmo e a sustente bem ao alto. Com a auto-estima equilibrada nos Sentimos como um ser de Luz, portador de toda sabedoria, Humanamente Divinos. Essa é a auto-imagem que devemos espelhar para que nos possamos manter na energia equilibrada e permanecermos no Agora. Olhe-se no espelho, olhe sua alma, flua para dentro de si mesmo, descubra que você é Deus também, e conseqüentemente sinta o quanto é aplaudido pela sua jornada. Permita-se ser servido pelo universo. Saiba que nunca esteve e nunca estará sozinho.




 

domingo, 12 de dezembro de 2010

NATAL

Gostaria de escrever um pouco dessa passagem tão importante para todos nós espíritas que simboliza a natalidade de Jesus na Terra há dois mil anos e que transformou este planeta, direcionando a fé humana em novos horizontes.
Não importa a forma de se comemorar esta passagem, aliás, hoje se comemora como uma festa pagã onde os objetos materiais é que são importantes e não o espírito que esta festa representa.
O que importa é o sentimento dentro do coração, perceber a importância do Cristo em nossas vidas. Trazer Jesus para dentro de nós, vivê-lo em plenitude e verdade, senti-lo através de nossas intenções renovadas e sobretudo reeducadas.
Necessitamos do Mestre Jesus assim como o arroz e o feijão em nosso corpo todos os dias. Não fomos nós que escolhemos estar ao lado Dele, mas foi Ele quem nos escolheu como suas ovelhas necessitadas de sermos apacentadas, pacificadas, despertadas para a grandiosidade da vida.
Sentir Jesus no íntimo é uma grande conquista para todo aquele que almeja a felicidade: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Só se chega ao Pai através de mim."
Nessas palavras está todo um código de ética, uma postura mística e profundamente fundamentalista. Toca nossas fibras mais íntimas, direciona nossas mentes superficiais para dentro de nós mesmos, fazendo-nos escolher nosso caminho através Dele através dos portais do amor. Paulo de Tarso - o apóstolo dos gentios disse: "Não sou eu mais quem vive em mim, mas o Cristo é quem habita todo meu ser".
Neste Natal ou natalício do Cristo, que desperte em cada um de nós o sentimento puro do amor e a grande responsabilidade de ser espírita-cristão.
Lembro certa vez com um velho amigo que já está na pátria espiritual, o saudoso Pedro Zappa, onde me disse ele que Jesus estava para ele acima de qualquer doutrina ou religião, inclusive acima de todos os postulados espíritas. Mostrou sua sabedoria e sua consciência cósmica da vida e seu saber da real dimensão desse sol estelar que é Jesus.
Que Jesus faça nascer em cada um de nós através de nossa vontade pessoal o verdadeiro amor. O amor que não faz distinções de raças, que não discrimina diferenças e respeita acima de tudo o direito básico de cada criatura escolher seu próprio caminho. Saber que não há verdade diferente para ninguém e que é preciso alargar nossa visão estreita de humanidade.  Há muitas moradas na casa de meu Pai, e com certeza muitos caminhos também.
Vamos colocar o respeito a tudo e a todos dentro dos nossos corações e quebrar os grilhões do preconceito que vige em nossa visão parcial do mundo. Vamos questinar se aquilo que já sabemos é suficiente e se não preciamos crescer mais? Se estamos presos àquilo que já foi dito ou se podemos continuar nesta mesma marcha? Estamos melhorando com nossos conhecimentos espíritas?
Somente aceitando os outros como são é que seremos livres para seguir nossos próprios passos com Jesus até a plenitude e a perfeição em Deus.
Abraço a todos aqueles amam e querem amar cada vez mais.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Como enxergar o personalismo

O que é o personalismo? Visão egocênctrica da vida, visão exacerbada de si próprio. Crença em sua onipotência, comportando-se de formas típicas como intolerância, indiferença ante as opiniões alheias, incapacidade de mudar ante os alvitres da vida, etc.
Personalismo é a imposição de si mesmo sobre os outros, inaceitação do outro como veículo de novas riquezas para si mesmo.
Existe muito personalismo em todos os setores da humanidade, mas no meio religioso ele se agiganta e impede o avanço das pessoas.
Atitudes desmotivadoras diante de novidades, ortodoxia nas crenças, desdém ou desqualificação de quem busca inovar para melhorar, são impecilhos encontrados onde deveria haver aceitação e tolerância entre todos.
Allan Kardec foi um homem que lutou por um ideal nobre e verdadeiro, e para isso teve que lutar contra os preconceitos da época. Foi um inovador e por isso foi combatido e perseguido e até caluniado.
O movimento espírita está seguindo Allan Kardec? Ou estão paralizando esta doutrina de amor, mas sobretudo progressista e inovadora?
Será que rotulando a doutrina e criando balizas que delimitam limites doutrinários é recomendação de seu codificador? Claro que não, mas aí entra o personalismo asfixiante que traduz o orgulho daqueles que "defendem Kardec"  mas não se sabe do quê. A doutrina é livre como movimento e todos tem direito à experiência sem que seja execrado na indiferença e desprezadoo pelos companheiros.
Vamos ver no poema do filho pródigo na sua visão metafísica o que significa o filho mais velho.
A estagnação lhe revela apenas uma ego-consciência baseada em recompensas imerecidas e que lhe restou o amargor da inveja a lhe corroer os sentimentos.
Vamos melhorar nossa condição de espíritas. Somos maiores daquilo que estamos vivenciando dentro dela. Vamos abrir nossos corações para que a mente do preconceito e do personalismo não enterre o  talento que temos o dever de multiplicar.
Abraço