Doutrina Espirita

Tudo bom meus amigos. Estou iniciando meu blog para obter visibilidade nas minhas posições pessoais que acredito poder contribuir com muitos espíritas incautos ou "distraídos".
Vamos tentar repassar novas idéias quanto ao ato de "ser espírita", não como um jargão ou jogo de palavras vazias ao vento, mas como um conceito profundamente ético e renovador de consciências.
Ao longo de 25 anos de vivência dentro do nosso movimento espírita, pude entender melhor a vida, e isso pretendo compartilhar contigo que estás lendo nesse momento.
Um grande abraço e espero cooperar sempre com a melhor intenção que brota do meu coração.




domingo, 26 de junho de 2011

"Bem aventurados os Puros de coração..." - Jesus

Vamos pensar. O que é ser puro de coração? O que significa a palavra pureza? A palavra "pureza" representa ausência de pecado, ou seja, ausência de culpa. Como ter a pureza de coração que representa a sede das dos sentimentos, que por sua vez representam o nível de evolução de cada espírito. Inclusive, será pelo coração que entraremos no Reino de Deus, pois os sentimentos puros são simbolizados pelo traje nupcial que Jesus citou na parábola das bodas e não pelo nível intelectual daquele convidado que estava sem os trajes nupciais.
Mas a pureza está além do desapego material citado na primeira bem-aventurança (Bom aventurados os pobres pelo espírito...). Para ser puro de coração, temos que nos despojarmos de nossa personalidade egóica queconstruímos ao longo dos milênios. Formamos nossa auto imagem superdimensionada para esconder nossa própria realidade espiritual. Fomos aprendendo a sermos que não éramos e assim termos uma sensação anestésica das culpas. É preciso despersonificar-se de si próprio sem perder nossa identidade cósmica e individual. Ser puro representa a total integração com Deus através de Jesus (caminho). Para isso é preciso afastar-se daquilo que nos faz pensar na primeira pessoa com interesse apenas na primeira pessoa. Jesus utilizou o verbo na primeira pessoa quando respondeu a Pilatos: "Meu Reino não é desse mundo...". Obviamente não foi com sentimento de posse ou com algum personalismo que o Mestre proferiu estas palavras. Foi com a verdade daquilo que Ele representa, ou seja, a majestade de ser o Espírito designado por Deus para nos conduzir ao Reino de Deus.
Vamos em direção à pureza de nossos corações, ressignificando nossas concepções ilusórias de tudo que seja egolátrico e impermanente.
Fomos criados para a felicidade e a perfeição, portanto depende apenas de nós, desde que estajamos dispostos a ter coragem de olharmos para dentro de nós mesmos sem medo e com humildade.
Pense nisso.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

"Bem aventurados os pobres pelo espírito" - Jesus

Neste artigo gostaria de colocar meu entendimento desta bem aventurança - a primeira delas que Jesus proferiu depois de voltar do jejum no deserto.
A colocação "Bem aventurados os pobres de espírito" não é de acordo com a fala original de Jesus. Os pobres de espírito equivalem aos pobres de inteligência, aos pobres de conhecimentos, aos medíocres, aos cruéis, aos maus, etc. Ora, se fossem estes os "bem aventurados" o próprio Jesus estaria fora deste grupo. Não tem sentido algum e está em desacordo com a verdadeira mensagem do Cristo.
Bem aventurados pelo espírito significa todos aqueles que preferem as maravilhas do espírito em detrimento das coisas materiais ou exteriores. Preferir o reino interior ao reino exterior é identificar-se com o Reino de Deus, é ser bem aventurado pelo espírito. Em relação ao mundo material das ilusões, pois tudo é transitório na matéria, há aquele que possui e não é possuído e há aquele que possui e é possuído. Há também aquele que não possui e é possuído pelo que deseja. Portanto, ser rico não é pecado e ser pobre não é virtude. Ser bem aventurado pelo espírito é todo aquele que não é possuído, ou seja, pode até possuir, mas não é possuído pela materialidade.
Jesus colocou esta bem aventurança como a primeira de todas, por ser o apego aos bens materiais o maior entrave ou obstáculo do homem na Terra para chegar à sua evolução espiritual.
A parábola do jovem rico que queria seguir Jesus e o Mestre solicitou-lhe que vendesse tudo e depois voltasse e o seguisse, mostra que o jovem possuía e era possuído pelas riquezas materiais, por isso falhou.
A grande meta humana é primeiro saber possuir sem ser possuído, dar o devido valor ao Reino de Deus no coração e estabelecer sua meta de ascenção espiritual de forma crescente e consistente.
Pense nisto

domingo, 5 de junho de 2011

"O reino de Deus não vem com a aparência exterior." Jesus (Lucas)

Como é difícil entender e viver essa verdade. A verdade é uma busca eterna a todas as criaturas de Deus, mas é tão difícil de obtê-la que o próprio Jesus negou-se a conceituá-la.
Mas as aparências representam nossas ilusões que cultivamos em relação a nós próprios e aos outros. A partir de nossa capacidade perceptiva e daquilo que aceitamos como "verdade", gravamos em nossa estrutura psíquica e a partir daí passamos a agir de conformidade com a nova crença incorporada. Mas nem sempre o que representamos está identificado com a vontade de Deus. Nem sempre representamos a melhor interpretação da verdade.
Nosso sistema captativo é deficiente. Este sistema de "colecionar verdades" muitas vezes está adoecido com a velha chaga da humanidade deste planeta, ou seja, o orgulho.
O orgulho é uma lente que distorce e invariavelmente aumenta nossa imagem e conquistas, fugindo e distanciando do nosso verdadeiro eu.
Daí passamos a ser exímios críticos, a emitirmos opiniões com "certezas indiscutíveis" a respeito de tudo e de todos. Passamos a acreditar que somos proprietários da verdade. Assumimos uma postura egocentrica na vida, onde tudo passa pelo nosso ponto de vista incorporado pelas ilusões e no fundo nossas motivações ocultas foram a de fugir de si mesmo.
É um intrincado sistema autofágico, que nos remete a uma vida repleta de desilusões e insatisfações.
No momento que entendermos a verdade do Cristo e resolvermos segui-la, nossa própria vida começa a ter outro sentido e novos rumos surgirão.
Devemos cultivar a coragem de nos despirmos paulatinamente das "inverdades" que guardamos como crenças e que nos mantém cativos e distantes do reino de Deus.
Somos criaturas que já temos condições de perceber mais amplamente as necessidades reais da vida.
Só depende de nós mesmos, e assumir nossa singularidade é essencial para atingirmos a meta crística enquanto gravitamos no reino exterior.
Muito há que se caminhar nessa estrada verdadeira. Muito há que se reformar, mas se formos humildes e corajosos conseguiremos acessar o reino de Deus mais brevemente.
Vamos pensar nisto mais profundamente.