Doutrina Espirita

Tudo bom meus amigos. Estou iniciando meu blog para obter visibilidade nas minhas posições pessoais que acredito poder contribuir com muitos espíritas incautos ou "distraídos".
Vamos tentar repassar novas idéias quanto ao ato de "ser espírita", não como um jargão ou jogo de palavras vazias ao vento, mas como um conceito profundamente ético e renovador de consciências.
Ao longo de 25 anos de vivência dentro do nosso movimento espírita, pude entender melhor a vida, e isso pretendo compartilhar contigo que estás lendo nesse momento.
Um grande abraço e espero cooperar sempre com a melhor intenção que brota do meu coração.




terça-feira, 10 de maio de 2011

Rebeldia - uma atitude contrária à evolução

A maioria dos transtornos psicológicos, assim como a sexualidade incontrolada, nascem na questão da afetividade não equacionada. Toda carência afetiva motiva a criatura a buscar uma compensação para sentir-se pleno.
Somos seres emocionais, às vezes agimos puramente pelas emoções. A rebeldia é a inconformação com o que somos, com aquilo que conseguimos e com aquilo que podemos.
Esse traço moral se reflete sob várias formas de manifestação, como agressividade, irritabilidade, vicios em geral, maledicência, depressão, violência, mágoa, melindre, etc.
Todos esses traços decorrem da afetividade mal resolvida que faz que a pessoa prefira sempre "ser amada", "ser servida", "ser admirada", etc, do que AMAR o próximo, amar a vida, amar a Deus e amar-se o suficiente para buscar sua autonomia.
Pela rebeldia somos impelidos a criar dependencias que nos esvaem energéticamente, nos tornando pessoas cronicamente insatisfeitas e inadaptadas em circunstâncias variadas.
A rebeldia paralisa a criatura, simplesmente ela não avança, é como se caminhasse em círculos. Quando acha que saiu de uma crise cai em outra mais grave, e assim os seus dias vão se sucedendo.
Se não atentarmos para isto, se não aprendermos a viver e a amar, adoeceremos nosso psiquismo já combalido pelo inconsciente que emerge e regurgita em nossa vida consciencial, nos clamando as reformas impreteríveis.
Vamos aceitar a vida, vamos nos aceitar, vamos amar nosso próximo, vamos amar a Deus e certamente a rebeldia dará lugar ao prazer de viver.
Abraço a todos

Um comentário:

  1. Olá!

    No consolo da Doutrina há já uns seis anos, à par das muitas respostas, tenho, lógicamente, também algumas perguntas, alguns questionamentos que me intrigam.
    Tenho ouvido no meio Espírita, referência à rebeldia, sempre como algo negativo; encontro esta postagem, e acho que entendi a condição muito diferenciada da definição deste termo, penso que, como conceito Espírita.
    Pois, meu raciocínio é de que, justamente a mola propulsora do progresso humano, material e espiritual, é a rebeldia. É um dado sociológico, antropológico, a tendência à cristalização dos valores, à imposição das hegemonias, e, em nível pessoal, aquilo que o popular designa como "Maria-vai-com-as-outras". Não teríamos Ciência, se não fosse a rebeldia, nem teria havido o Humanismo, e antes, o Renascimento. No século passado, uma geração inteira, fenômeno inusitado, encarnou, ela própria, o sentido maior de rebeldia, e foi a precursora da consciência ecológica, da difusão dos valores mais altos do pensamento das Sabedorias Ancestrais, inclusive com importante e fundamental difusão do Naturismo, da Acupuntura, da Homeopatia, da Consciência Ecológica, do Vegetarianismo, e de um entendimento mais profundo, filosófico, poético, espiritual, da Vida Humana, sublinhando os valores do Amor ao Próximo.
    Assim, por este vosso artigo, entendo que quando na Doutrina se fala a palavra rebeldia, não se trata, em absoluto, do entendimento literário normal do termo.
    Rebeldia é a vida se impondo, é o sopro renovador, é o vulcão, o terremoto, a tempestade, a chuva, é a mudança, é a recusa ao imobilismo, à cristalização do engano.
    Giordano Bruno foi um rebelde, sem dúvida, e também Copérnico, e Galileu Galilei, e Darwin. A rebeldia é a "alma" da Ciência e da Arte também; é só olhar o quadro da noite estrelada de Vincent Van Gogh. A rebeldia rompe o engessamento, evita a estagnação.
    Adelar Bazzanella

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