Doutrina Espirita

Tudo bom meus amigos. Estou iniciando meu blog para obter visibilidade nas minhas posições pessoais que acredito poder contribuir com muitos espíritas incautos ou "distraídos".
Vamos tentar repassar novas idéias quanto ao ato de "ser espírita", não como um jargão ou jogo de palavras vazias ao vento, mas como um conceito profundamente ético e renovador de consciências.
Ao longo de 25 anos de vivência dentro do nosso movimento espírita, pude entender melhor a vida, e isso pretendo compartilhar contigo que estás lendo nesse momento.
Um grande abraço e espero cooperar sempre com a melhor intenção que brota do meu coração.




quarta-feira, 24 de novembro de 2010

As duas Culpas

A culpa é a marca registrada de nosso planeta Terra. A grande maioria dos reencarnados sofre nas matrizes conscienciais deste sentimento que tem sua origem em nosso passado através dos atos errôneos que cometemos.
Quando aplicamos a excelente técnica de captação psíquica podemos constatar a origem de nossos problemas atuais. Onde erramos, o que éramos, o que fazíamos etc. São informações valiosíssimas para a criatura buscar alternativas positivas para sua vida atual e ressignificar muitas coisas.
Mas a culpa pode ter dois comportamentos distintos conforme a história evangélica nos mostrou.
Primeiro vemos a fraqueza de Pedro o qual Jesus disse que antes que o galo cantasse 2 vezes ele o negaria por tres vezes. Claro que Pedro rejeitou esta colocação do Mestre, mas quando esteve só na noite da prisão injusta de Jesus na casa de Caifás, ao ser interpelado se conhecia Jesus, Pedro negou  tres vezes. E foram trez vezes perguntado se conhecia Jesus e as respostas se repetiram sempre negativamente.
E temos em Judas entregando o Mestre aos algozes para o prenderem.
Os dois apóstolos se comportam de forma distinta. Pedro sente-se culpado, chora e fica por alguns dias isolado sem rumo e num mar de sofrimentos por ter cedido às suas fraquezas. Mas Pedro se redime de sua culpa transformando-se num soldado do Mestre pelo resto de sua vida, dando testemunhos verdadeiros de sua renovada coragem. Era um homem novo que renascia das cinzas de sua culpa. Por último deu sua própria vida por Jesus que negara por tres vezes. O comportamento de Pedro pode-se caracterizar como arrependimento. Ao invés de o paralizar o levou a lutar com todas as suas forças pelo seu ideal da boa nova.
Judas ao contrário, sentindo-se culpado pela tragédia, entregou-se ao suicídio infamante que lhe custou várias reencarnações de provas e expiações. O comportamento de Judas pode-se caracterizar pelo remorso e isto o paralizou na sua própria vida.
São dois comportamentos oriundos da mesma base comportamental, mas que podem variar no seu efeito na existência da criatura humana.
Nós aqui na Terra temos pessoas paralizadas pelo remorso e arrependidos que procuram sair do abismo de seus erros através de suas lutas.
Quando vemos espíritas acomodados ou extremamente apegados a formas estreitas de ver a doutrina dos espíritos, podemos fazer um paralelo entre Judas e Pedro. São pessoas com nobres intenções, mas que preferem o suicídio de Judas ao ânimo de Pedro.
Lembremos ainda que o medo também tem relação com o remorso pois paralisa a pessoa. Jesus condenou a paralisia ao contar a parábola dos talentos.
E nós devemos pensar melhor em nossos comportamentos. Vamos melhorar nossa visão da vida e consequentemente da própria doutrina espírita.
Abraço

2 comentários:

  1. MUITO BEM EXPLICADO...ENTÃO O REMORSO PARALISA... É COMO AQUELE ESTUDO SOBRE ARREPENDIMENTO E REMORSO... ONDE CADA CARACTERÍSTICA DE PESSOA, REVOLTADA OU NÃO, REAGE CONFORME JUDAS, OU PEDRO....

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  2. Sim, o remorso é uma paralisia da alma. Com medo de se amar plenamente e se aceitar a criatura vive na fase do egocentrismo impedindo a si mesma de dar um passo na direção da felicidade. Prefere o sofrimento porque não se aceita e a dor acaba sendo uma "punição" necessária para arrefecer sua própria consciencia em culpa.
    Libertar-se através de novos comportamentos e ideais é o melhor que cada um pode fazer por si mesmo.
    Esse assunto é palpitante e tem muitas outras visões que pode-se abordar.

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